“As cadeias de sucesso mais frequentemente são formadas por laços profissionais do que por laços pessoais”.
A mídia tem divulgado um número crescente de pessoas que estão desempregadas no Brasil e passam a buscar uma nova colocação profissional.
Dados divulgados pelo Infomoney dizem que são 10,4 milhões em 23 de abril de 2016. É bem provável que você identifique alguém nessa condição atualmente na sua família, na sua rede de amigos, alguém que tenha trabalhado com você ou que seja você mesmo vivendo essa situação.
Em momentos como esses acessar sua rede de contatos pode ajudar a encontrar uma nova oportunidade de trabalho. Será mesmo?
Estudo
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“O conceito dos seis graus de separação” em tempos de busca de oportunidades.
Um estudo realizado há 50 anos mostrou que cada indivíduo no mundo está a seis graus de qualquer outra pessoa. Ou seja, seriam necessários no máximo seis “passos” de amizade para chegar a qualquer pessoa em qualquer parte do planeta, sendo essa, famosa ou não.
Essa teoria foi testada pelo sociólogo Stanley Milgram em 1967. No experimento, 400 participantes selecionados aleatoriamente nas cidades do Kansas e Nebraska(USA), tinham que fazer chegar um pacote a uma “pessoa alvo” em Massachusetts(USA), passando para pessoas que conheciam e que ajudariam a chegar até o destino final, o mais rápido possível.
Milgram descobriu que antes de chegar ao destino os pacotes passaram em média entre cinco e sete  pessoas. Esse resultado tornou-se popularizado através da frase “seis graus de separação”.
Validação do estudo pela internet
Em 2001, pesquisadores da Universidade de Columbia, em Nova York, decidiram refazer o experimento, agora utilizando a internet como meio / veículo.
Eles identificaram 18 “pessoas alvos” em 13 países diferentes, em seguida, pediram aos participantes voluntários para enviarem e-mails para amigos e conhecidos, que repassaram esses a outros amigos com o objetivo de chegar ao destino. Em média, segundo os pesquisadores, as mensagens chegaram aos destinos após cinco à sete passos.
Mais de 60.000 pessoas participaram desse experimento, criando cerca de 24.000 cadeias de mensagens em 166 países. No entanto, menos de 400 mensagens realmente alcançaram as metas.
Os pesquisadores acreditam que a maioria das pessoas que não enviaram as mensagens, tinham pessoas que podiam manter a cadeia ativa, mas simplesmente esqueceram ou não quiseram participar. Os resultados da pesquisa foram  publicados como “Small World Research Project”,na revista Science.
Um estudo mais recente do Facebook contesta a teoria dos “seis graus de separação”,  refez o experimento analisando sua base de usuários, porém sem envio de mensagens e concluiu que “cada pessoa no mundo (pelo menos entre os 1,59 bilhões de usuários ativos no Facebook), está ligada a todas as outras pessoas por uma média de 3,5 graus de separação”.
Conclusões
Tanto o estudo de Milgram, quanto o da Universidade de Columbia e do Facebook, concluíram que:
– “O mundo está conectado, mas as pessoas nem sempre acreditam que estão conectados”. “A percepção de conectividade é o mais importante”.
– “As pessoas estão realmente ligadas em princípio, mas se estão ou não conectados na prática, depende de sua motivação para prosseguir com sua determinação”.
– “Não existem pessoas isoladas no sistema de e-mails, qualquer pessoa pode chegar a qualquer outra pessoa com bastante empenho e esforço”.
– “Conexões acabam porque as pessoas perdem o interesse, não porque elas não podem pensar em alguém para enviar uma mensagem’.
– “Mesmo com a magia da internet, o amigo do amigo do seu amigo nem sempre ajudará você a contatar alguém”.
– “As cadeias de sucesso mais frequentemente são formadas por laços profissionais do que por laços pessoais”.
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PORTANTO
O que podemos fazer para conectar as pessoas que estão em busca de recolocação, só depende de nossa disponibilidade, vontade e empenho em querer ajudar.
Acessar sua rede de contatos pode ajudar a encontrar uma nova oportunidade de trabalho, desde que as pessoas estejam dispostas a ajudar verdadeiramente.
O que você está fazendo para ajudar a minimizar essa estatística?
Se conseguir indicar  e/ou recolocar uma pessoa, você terá feito a “diferença”, pelo menos para essa pessoa e sua família.
Estudo que forneceu a base desse artigo: http://www.columbia.edu/cu/alumni/Magazine/Fall2003/sixdegrees.html
Norimar José Tolotto
norimar@interacaosocial.com.br
Interação Social Desenvolvimento Humano
www.interacaosocial.com.br